Ordem e Caos

Duas
forças contrarias, caminhando em direção uma a outra em contraditório a sua
forma primaria, levando cada uma ao seu opositor, onde a Ordem leva ao Caos e o
Caos nos leva sempre a uma nova Ordem, em um ciclo de reforma continua, infinita
e imutável desde os primórdios de nossa criação. Forças antagônicas poderosas que
nos levam ao entendimento do pleno e do plano mutável do Universo. Uma idéia considerada
contraditória por muitos, mais a vemos com clareza no andar de nossa dita Humanidade,
na Natureza e em tudo o que existe ou venha a existir. Analisemos a historia de
seu começo aos dias atuais e veremos que a Ordem caminha sempre e
indubitavelmente de mãos dadas com o Caos, enquanto toda Ordem segue seu
caminho de desgaste e deterioramento social inevitável rumo ao Caos, este, o
Caos, nos leva e traz a períodos de reformas necessárias para que atinjamos o
equilíbrio e por fim uma nova Ordem. Um paradoxo e uma realidade, uma formula
simples e inquestionável onde Ordem nos leva ao Caos e o Caos a uma nova Ordem.
Vejamos por exemplo a idade das trevas em que o mundo mergulhou em uma Ordem Clériga
que se deteriorou de forma lenta e penosa ao povo, aos nobres e comerciantes
que praticamente sumiram nesse período, apenas o Caos gerado pela força das
massas e suas revoluções foram capazes de levar a Humanidade novamente ao
caminho em que deveria estar, e assim vem sendo desde antes até os dias atuais.
Hoje, estamos à porta de um novo recomeço, onde a ordem social vigente se
deteriora aos nossos olhos cada dia mais e mais, nos levando rumo a um novo
fechar de ciclos, onde novas reformas se fazem necessárias, onde o Caos começa
a se fazer presente em países antes ditos inabaláveis e que hoje, quase
quebrados, mergulham de forma lacerante em um abismo de dividas econômicas e
sociais impagáveis. As reformas oriundas do Caos urgem rumo a uma Nova Ordem
Mundial que bate as nossas portas. O que escrevo não é clarividência, critica
ou ficção, apenas e tão somente a realidade dos fatos. O Caos nunca nos levará
ao fim, mais sempre a um novo recomeço.
Fábio
Martins